27/02/2007

todas as histórias tem ponto final

[uma d]a[s] minha[s] nao é excepção


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25/02/2007

És uma pessoa avulso

Quando parti todas as paredes com perguntas agressivas por punhos fechados, descobri que do outro lado havia pouco mais pelo que lutar. Desisti de ti.


Não percebo, e temo nunca a vir a perceber, as tuas motivações.
Podias ter sido poética. Podias ter imitado uma história de fadas. Podias ter feito disto uma peça dramática. Onde no final há sorrisos salgados e o barulho ensurdecedor das palmas. Mas não…
Há pouca poesia, ou nenhuma mesmo, num caixote de lixo.
Podia ter sido a porta de uma igreja. De um hospital. De um convento. De uma casa qualquer… Podia ter sido no metro, no autocarro. Podia ter sido em qualquer lado. Mas não… Não foi num lado qualquer.
Um caixote do lixo.
Podias ter deixado uma carta para eu ler quando conseguisse perceber. Podias ter deixado uma fotografia. Podias ter deixado um papel com o meu nome. Podias deixar-me uma marca para me achares no dia que me procurasses. Mas não…
Caixote do lixo.
Se soubesses… Se ao menos pudesses imaginar como custa, como dói. Se sentisses a agonia de não ser de ninguém. De não ter ninguém…
Mas não sabes… Porque para ti sou…
Lixo

Hoje estou crescida. Não fiquei traumatizada. Sou amada e sei amar.
Passei tanto tempo a sonhar com o dia em que chegarias para me conhecer. Mas tu não vieste. E sabes? Fico feliz por isso. Sou melhor sem ti.
E não, não te odeio. Nem tenho raiva.
Tenho pena de ti.
És uma pessoa avulso.
Perdeste o coração num tempo qualquer, por um motivo qualquer que não é desculpa para nada. Tenho pena de ti por não saberes amar.
És vazia.


E se um dia precisares… Sim, mãe…
Eu estou aqui! Podes voltar. Porque eu sei AMAR.

20/02/2007

Mata-me um pouco mais


Se me quiseres magoar, dilacera o meu corpo com um punhal. Crava-me desenhos de sangue na pele. Marca a ferro quente o teu amor. Tira-me o ar e faz-me rir. Faz-me cantar uma melodia muda, de gritos de prazer por tanta dor. Amarra-me as asas e faz-me cair. Ou deixa-me sozinha a tropeçar em mim, sem ti.

Se me quiseres ver a sofrer, faz magia com outra mulher. Lança feitiços sem destino. Navega pelas veias dos outros corpos. Canta poesia a lua e tapa-me os ouvidos. Conta as estrelas e esquece-te de mim. Pede desejos e deseja-me assim. Ou vira costas ao caminho que desenhei e marca o teu passo solitário mas mais forte do que qualquer sonho que eu pintei.

Se me quiseres matar, esquece-te de mim. Deixa-me sangrar ate a ultima gota e vê, aprecia, goza. Troca-me o nome. Enterra-me viva. Tranca-me dentro de ti e deita fora as chaves. Torna os meus sonhos em pesadelos. Deixa-me caída com as asas amarradas. Confunde-me os sentidos. Deixa de berrar e deixa-me a berrar sozinha.

Se me quiseres magoar tanto para me matares de sofrimento. Sai a correr e inventa uma desculpa. E não voltes.


Mas se algum dia me quiseres ver feliz, esquece todas as receitas e todos os protocolos.

Deixa-te ser o meu sonho. Deixa-me pintar em ti aquilo que sou. Marcado a lápis de cor. Um desenho de crianças. De amor. Se te disserem que é parvoíce. Que sou louca. Não os desmintas. Deixa a minha loucura ser reconhecida.





Enlouqueci por ti!
E sou feliz…

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