14/06/2011

Largar amarras

Desiste. Existe um momento na vida que tens de largar o passado. Não te esqueças pelo que passaste. Não minimizes as perdas. Chora as feridas. Deixa-te cair. Que dure um segundo, um dia, anos… que dure o que for preciso. Mas chegaste a esse momento. Tens de abrir mão daqueles que não te querem. Chora. Grita. Mas abre a mão. Larga. Solta-te a ti do que te prende nessa não existência. Não serás feliz enquanto pertenceres a um passado que já não existe, que provavelmente nunca existiu. Abandona as ideias fixas e os planos traçados. Não existe aqui, hoje, nada do que és. Por isso, desiste. Abre as mãos. Larga o passado. Vai haver sempre histórias para contar, momentos para recordar. Vai haver ainda muitas noites para chorar. Vais ter sempre memórias de sorrisos e lágrimas. Não te peço para esquecer. Abre só a mão. Deixa partir. Recorda-te de quem és, de quem sempre foste independentemente da situação. Lembra-te do brilho no teu olhar, da alegria nas tuas palavras. Ninguém te fez assim. Ninguém previu o teu futuro, ninguém moldou o teu ser. És tu quem és, única e exclusivamente graças a ti. Por isso larga o passado. Desiste. Abre a mão. Recorda-te e aprende. Cresce.
Hoje é um dia para largares o chão. Não te peço que voes. Não te peço para partires. Fica. Recupera as tuas forças. Prepara-te. A tua viagem está só a começar.

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