Não sabemos muito bem o que fazer com o peso do que carregamos, temos o habito, incorrigível, de amarrar o passado às costas, carrega-lo para o presente e, de preferencia, perpetua-lo no futuro. É natural em nós a falta de força para abrir a mão, para largar o que nos pertence (correcção: o que nos pertenceu).
Mas a vida tem destas partidas, um dia, inevitavelmente, vai nos ser pedido espaço no coração para coisas novas. Saberemos nós arrumar tudo o que já vivemos e, mesmo assim, ter espaço para continuar a viver? Ou será preciso abrir a mão de uma vez por todas e largar definitivamente as coisas que agarramos ao longo dos anos, ou ate as coisas que nos agarraram a nós?
Quando transbordamos, há sempre alguma coisa para deitar borda fora. Aprendemos desde muito novos a distinguir o que nos é essencial e o que não o é assim tanto. Por outro lado aprendemos a não desperdiçar nada, a guardar as coisas velhas no sótão.
Irá haver um dia para arrumações, e nesse dia teremos de abrir mão daquelas coisas velhas.
20/06/2008
Publicada por
Patrícia Mota
à(s)
22:30
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ja te leio a algum tempo...tens uma escrita divinal e quase sempre identifico-me tão bem ktg=) nao deixes de escrever...=)*.* pulguita*
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário no meu blog :) Continuas a escrever bem.
ResponderEliminarEu acho que não sofro desse problema; desde que continue a escrever nos meus diários e a guardar o que o presente me vai oferecendo vou conseguindo fazer as minhas viagens ao passado: que são importantes.
De qualquer das formas acho que há uma liberdade no acto de largar o passado. Que não significa que o passado seja esquecido!
:)
ResponderEliminarEm sintonia?
Um Beijo meu.