Ele despertou, meio atarantado e não pestanejou, abriu muito os olhos e procurou uma ponta de luz que se pudesse ter esgueirado por uma qualquer janela mal fechada, não encontrou nada senão escuridão.
Não há janela mal fechada que permita um pouco de luz nos sítios que ficam por
dentro de nós.
Levantou-se assim mesmo, deu quatro passos paralelos à cama e apalpou no ar ate encontrar o sofá. Conhecia o quarto mesmo às escuras e, apesar de se sentir um pouco atarantado não perdeu o equilíbrio, encontrou a sua roupa e vestiu-se. Fez pouco barulho para não a acordar, a ela, que descansava do outro lado da cama.
Apalpou a parede ate encontrar a porta, levou a mão ao puxador, estava trancada. Voltou a fazer o caminho de regresso ate a cama e procurou em cima da mesinha de cabeceira a chave. Nada. Afastou-se da cama e procurou na parede lateral por uma janela que pudesse abrir para deixar entrar um pouco de luz.
Mas não havia janela.
Despiu-se e meteu-se na cama de novo. Onde ela já não estava e, ele continuava a ignorar a sua ausência.
Amanha tentaria de novo.
Porque há um quarto escuro onde te guardo dentro de mim. Um dia ao olhar para lá vou ver uma pequena mancha escura apenas. Um dia vou deixar de te ver aos pulinhos de um lado para o outro a tentar sair de mim.
Talvez nesse dia haja uma janela mal fechada pela qual passe um pouco de luz. Talvez nesse dia abra a porta e tu prefiras ficar.
Se calhar todos os dias devias abrir a porta, é preferível quando estão connosco por querer, do que por 'obrigação' e mais uma vez.. adorei o texto :D
ResponderEliminarxD
Bjo meu doceee ***
:| raisparta a xavala... tem mesmo jeito pa escrever.
ResponderEliminarpodias-me ensinar pa eu escrever a minha história direita lol.
[] :ª