E se pudesse gritar “parem!” e tudo a minha volta parasse. Assim como numa fotografia onde só eu me podia mexer. Movia me entre os carros, entre as motos, no meio das pessoas que estavam no passeio, das crianças que corriam e ficava tudo parado. Só eu me mexia. Se pudesse entrar no autocarro chegar ao ouvido dela e dizer-lhe “Anda comigo”. E se ela viesse mesmo? E se o resto continuasse parado?
“Entra em minha casa!”, “Andem!”, “Sai!” “Parem!” e tudo voltava a parar e eu entrava dentro de um café ou de outra coisa qualquer e escolhia outra rapariga, chegava perto do ouvido dela e dizia “Anda!” e ela vinha. Era tão fácil assim. Era só chegar bem perto e dizer “Vem!”. Andei assim durante uns longos anos. Fodia até não poder mais. E quando me cansava bastava dizer “sai!”.
Elas vinham sempre comigo, sempre que queria, e eu queria sempre. Fodia modelos, artistas da novela das oito, gajas boas, o que me apetecesse. “Fode comigo” e elas fodiam. Sabia me bem ter qualquer mulher na mão. “Parem!” o mundo parava e eu só tinha de escolher.
Um dia uma grande amiga minha cansada de me ver sair sempre com gajas diferentes atirou-me a cara que eu era um gajo solitário e frustrado.
Tu não sabes o que é estar com alguém, o que é ter uma relação, estar ligado a alguém.
Gritei “Pára!” e ela ficou lá, no sítio onde me espetou com a verdade dela na cara. Confesso que não lhe liguei nenhuma na altura, mas aquela história da relação começou-me a estragar o tesão. Percebi que as gajas com quem fodia nem sequer sabiam o meu nome. Comecei a mudar os meus hábitos. Quando chegava a minha casa antes de a mandar foder-me falava com ela. “Diz me o teu nome!”, “fode-me”. Depois o sexo começou a ser frio. Reparei que elas nem fingiam ter prazer e então mandava-as gritar, e elas gritavam, mas eu tinha de lhes dizer o que queria que elas gritassem. E nem assim. O mais próximo que tive de uma relação, de uma verdadeira ligação com alguém foi quando percebi que se as mandasse ter prazer elas realmente teriam prazer e então passei a dizer “Goza!” e elas realmente gozavam…
Outro dia passei por perto do sítio onde esqueci a minha amiga e ela estava lá, parada. Cheguei perto do ouvido dela e disse-lhe “Desculpa!”. Agarrei a mão dela e jurei que nunca mais a largaria. Os olhos dela estremeceram e as lágrimas brotaram.
Não me vais ordenar para que fique? Para que te foda?
Não… Só quero que me ames pelo que sou!
“Entra em minha casa!”, “Andem!”, “Sai!” “Parem!” e tudo voltava a parar e eu entrava dentro de um café ou de outra coisa qualquer e escolhia outra rapariga, chegava perto do ouvido dela e dizia “Anda!” e ela vinha. Era tão fácil assim. Era só chegar bem perto e dizer “Vem!”. Andei assim durante uns longos anos. Fodia até não poder mais. E quando me cansava bastava dizer “sai!”.
Elas vinham sempre comigo, sempre que queria, e eu queria sempre. Fodia modelos, artistas da novela das oito, gajas boas, o que me apetecesse. “Fode comigo” e elas fodiam. Sabia me bem ter qualquer mulher na mão. “Parem!” o mundo parava e eu só tinha de escolher.
Um dia uma grande amiga minha cansada de me ver sair sempre com gajas diferentes atirou-me a cara que eu era um gajo solitário e frustrado.
Tu não sabes o que é estar com alguém, o que é ter uma relação, estar ligado a alguém.
Gritei “Pára!” e ela ficou lá, no sítio onde me espetou com a verdade dela na cara. Confesso que não lhe liguei nenhuma na altura, mas aquela história da relação começou-me a estragar o tesão. Percebi que as gajas com quem fodia nem sequer sabiam o meu nome. Comecei a mudar os meus hábitos. Quando chegava a minha casa antes de a mandar foder-me falava com ela. “Diz me o teu nome!”, “fode-me”. Depois o sexo começou a ser frio. Reparei que elas nem fingiam ter prazer e então mandava-as gritar, e elas gritavam, mas eu tinha de lhes dizer o que queria que elas gritassem. E nem assim. O mais próximo que tive de uma relação, de uma verdadeira ligação com alguém foi quando percebi que se as mandasse ter prazer elas realmente teriam prazer e então passei a dizer “Goza!” e elas realmente gozavam…
Outro dia passei por perto do sítio onde esqueci a minha amiga e ela estava lá, parada. Cheguei perto do ouvido dela e disse-lhe “Desculpa!”. Agarrei a mão dela e jurei que nunca mais a largaria. Os olhos dela estremeceram e as lágrimas brotaram.
Não me vais ordenar para que fique? Para que te foda?
Não… Só quero que me ames pelo que sou!
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