Assim como quando o sol cai desamparado no mar.
Ninguém sabe muito bem como as coisas se passam e ninguém consegue controlar. Há um dia em que o mundo desaba e ninguém repara. E nesse dia perdemos as horas, ou perdemos o motivo da espera. Perdemos o rumo, ou perdemos o motivo para caminhar.
Sem chão. Há dias que ficamos sem chão. Sem horas. Sem caminhos. No dia que o mundo morre.
Recomeça…
Como se fosse o primeiro dia. Escreve a primeira letra do poema e reinventa a tua vida. Numa melodia. E canta. Canta muito.
Faz uma peça. Ensaia. Pinta muito a cara e faz-te outra personagem. Transforma. Sobe ao palco e dança. Dança muito ou faz que danças.
Há dias para recomeçar mesmo quando acabam os dias.
Inventa uma nova história e faz-te personagem. Vive. Num palco encantado. E de vez em quando chora um bocado e torna-te mais real.
Termina…
Escolhe o teu final. E espera pelas palmas. As merecidas e as compradas.
Faz de conta que o mundo morreu ali e…
Recomeça…
Inventa uma nova peça…
E um dia o mundo começa. As horas voltam a correr. Carrossel de horas para viver. Voltamos a pisar um chão qualquer. As melodias voltam a ser abraços.
Descemos do palco.
E tudo
Recomeça...
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