Bruno. Chamavas-te Bruno.
Tinhas um sorriso do tamanho do mundo e, uns olhos tristes de agua.
O teu abraço era calma e, o teu passo era viagem.
Sei que nunca to disse. Não me deste tempo.
Sabias que não se pode roubar as horas dos outros? Sabias que não adianta apressar o relógio? as horas vêm todas com 60 minutos.
Compassadas por badaladas certas.
Chamavas-te Bruno. Tinhas dezanove anos.
Como eu tenho agora, mais três que eu na altura.
Tinhas carro, telemóvel, uma família maravilhosa. Agora,
existe isso tudo menos tu.
Já li imensos textos sobre o assunto, mas nenhum fala de ti, nenhum me explica o porque de o teu carro se ter atirado contra uma curva a 180k/hora. Nenhum me explica o porque da mensagem que recebi umas horas antes
“Sabes que gosto de ti, não sabes? Independentemente de tudo… Independentemente de estar longe…”
A resposta que te dei ficou, ate hoje, pendente.
Mas agora já chega deste silêncio estúpido que a distância, da terra ao céu, impõe. Elevo as minhas palavras as nuvens, aos anjos, a ti…
“Sabes que isso sempre me chegou, não sabes? Esse teu olhar triste e, esse teu sorriso enorme. Esse teu abraço que me dava paz. Sem palavras. Sem promessas. Sem futuro. Sem beijos vazios e noites perdidas. Também sabes que sempre gostei de ti, não sabes? Também sabes que os meus olhos procuravam os teus. E meu sorriso era roubado do teu. Sei que sabes… não sei se saberias, mas agora sabes.
Sabes das lágrimas, das noites acordada, dos pesadelos, do medo do escuro… Dos fantasmas… Agora que escolheste a morte sabes tudo.”
Não tenho saudades. Tenho dúvidas.
Que te faltava Bruno? Um abraço mais apertado? Um beijo mais ao lado? Nunca me pediste… tenho pena que tenhas tido pressa e, que tenhas acelerado a tua vida ate aos 180k/hora, tenho pena que não te tenhas querido desviar. Nunca te vou perceber…
Nunca te vou perdoar…
É uma coisa muito "tua", muito intensa...
ResponderEliminarNão tenho palavras para te dar, teria, quanto muito, um abraço apertado e um sorriso sincero. *
Não muito a dizer.. Profundo, comovente.. ***
ResponderEliminarO q dizer...
ResponderEliminarGrande desabafo, espero que te tenha ajudado!
Um abraço forte!
Essa é a mais dura derrota no amor, perdermos eternamente a pessoa amada, nunca sabermos o se...
ResponderEliminarDeixa passar essa revolta natural, sente-a e depois perdoa...não acumules raivas quando não a podes dirigir a quem de direito. Nessas circunstâncias a raiva só tem uma possibilidade- na necessidade de se soltar é dirigida para ti e consome-te.
ResponderEliminarPerdoa...tenta.
Presumo que ao 'elevares' as tuas palavras crês que elas são ouvidas. Eu acredito que sim.
Um beijo e um abraço apertado
"...A resposta que te deixei ficou, ate hoje, pendente."
ResponderEliminarEsta tua frase diz tudo! Nem tenho palavras para exprimir o que senti ao ler o teu texto! um beijo
Forte..comovente...e triste...
ResponderEliminarMiga, eu lia as tuas "cartas" e todos os posts e so agora percebi... não tenho palavras... Espero que com este desabafo, consigas sentir-te melhor, como eu o fiz com o meu... Um beijo enorme ...
ResponderEliminarA gata, succubus, joão da cal, cereza, ritinha, lana obrigada pelos beijos e abraços, há horas que são sufecientes (E necessarios).
ResponderEliminarSusanat esta é sem dúvida a maior derrota do Homem... Podia nem haver amor, bastava-me a vida dele...
Joana tenho a certeza que ele me ouve, senão tudo seria em vão.
Talvez um dia, sem nunca esquecer, consiga perdoar o ele se ter querido afastar de mim para sempre.
Criador de sonhos, é bom sentir que me entendes, mesmo que eu não me saiba explicar... Um beijo e obrigada
daniela, seria mais facil se fosse um acidente, mas foi uma opção de não vida. E eu cá fiquei com a dor de não ter evitado.
As lagrimas já não aparecem com tanta frequencia, os sorrisos são normalmente banais...
ResponderEliminarObrigada por partilhares comigo essa história, faz me sentir que não estou a escrever para ninguem.
Um abraço? pode ser? Acho sempre algo forte, um abraço...
Aqui está muito de ti... e não sei o que te dizer, senão sussurar-te ao ouvido... -"Vai ficar tudo bem..."
ResponderEliminarBeijo bom
Sandro, chega... Esse sussurro arrepia-me a pele e, faz-me ter a certeza que não fui eu que morri.
ResponderEliminarBeijo*
Ai Nita que já me puseste a chorar.
ResponderEliminarNem tenho palavras para expressar a imensidão de sentimentos que me atropelaram ao ler o teu texto.