Hoje conto-vos uma história de Pascoa, ou pelo menos uma história do meu almoço deste dia.
Por esta altura do ano a minha familia tem por habito almoçar em casa da minha tia. E hoje, claro, à hora marcada la estavamos nós.
As conveniencias de sempre, os sorrisos de sempre, os abraços e os beijos mais sinceros daqueles que nos são proximos e aos quais estamos ligados com qualquer coisa que não sabemos rasgar.
A meio do almoço, numa daquelas conversas da vida, entre politica, futebol, filmes, musicas e propria familia... nesse emaranhado de palavras a minha mãe solta um:
-Tenho de perguntar a "fulana" como esta a "sicrana"...
O qual tem como resposta da minha prima
-Mas o que tem "sicrana"?
E de um momento para o outro todos se calam, os olhos fixos nos pratos e as lagrimas a dançarem nos olhos. A minha mãe toma coragem, fala de voz baixa, como se não quisesse que a ouvissemos.
-Tem cancro, meu amor.
Por esta altura do ano a minha familia tem por habito almoçar em casa da minha tia. E hoje, claro, à hora marcada la estavamos nós.
As conveniencias de sempre, os sorrisos de sempre, os abraços e os beijos mais sinceros daqueles que nos são proximos e aos quais estamos ligados com qualquer coisa que não sabemos rasgar.
A meio do almoço, numa daquelas conversas da vida, entre politica, futebol, filmes, musicas e propria familia... nesse emaranhado de palavras a minha mãe solta um:
-Tenho de perguntar a "fulana" como esta a "sicrana"...
O qual tem como resposta da minha prima
-Mas o que tem "sicrana"?
E de um momento para o outro todos se calam, os olhos fixos nos pratos e as lagrimas a dançarem nos olhos. A minha mãe toma coragem, fala de voz baixa, como se não quisesse que a ouvissemos.
-Tem cancro, meu amor.
É este o pão nosso de cada dia, meu deus. As más noticias atropelam-se. Correm para nós. Fé? Justiça divina? Perco a força para acreditar e agarro-me ao mais forte tronco para o vento não me quebrar as asas.
Uma boa pascoa para todos.
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