24 de Junho de 2005
Nunca sei muito bem distinguir os sonhos da realidade, alias a maior parte das vezes faço por não os distinguir.
Sei que hoje amanheceu cedo. Ou eu deitei-me tarde.
Nunca sei ao certo como estas coisas acontecem. Talvez porque nunca aconteçam.
Sei que eram os teus olhos, sei que era o teu cheiro, sei que era a tua boca. Sei que eras tu.
Se eras sonho ou realidade? Não sei bem.
Sei que nos perdemos, que nos encontramos, que voamos.
Sei que fechei os olhos ainda a ver-te e acordei no teu abraço.
Se é pouco? Tão nada… tão tudo…
Sei que hoje me preparo para dormir sem ti…
Se me importo? Nem tanto… Nem um pouco…
Porque sei que donde nos perdemos ontem não voltamos mais…
Vamos ficar para sempre lá perdidos. Onde aprendemos a voar. Juntos.
Porque para sempre é sempre que quisermos…
Jorge Palma - Valsa de um homem carente
Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
é a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
é a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
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