A vida é uma corrida contra o tempo. Quando percebemos que ganhamos alguma coisa já a gastamos, ou já a perdemos. Quando percebemos que ganhamos uma batalha, já se deu inicio a outra.
Há pouco tempo para perder tempo. Ou nenhum. Há pouco tempo para pensar no tempo que temos. E não temos tempo para nada, porque perdemos sempre tempo em tudo.
E de um momento para o outro, em escassos segundos, uma mão e uma lâmina, uns olhos vorazes e um coração frio, de quem já não sabe mais amar.
Parei os relógios todos do mundo. Como se o mundo não fosse acabar amanha. Ninguém me disse a hora certa do holocausto, mas sei que é próxima.
Por isso parei os relógios todos do mundo. Para ter tempo de me imortalizar.
Vou espalhar-me no mundo, em lágrimas escorridas de verdade.
Eu morro.
E morro aqui, numa hora qualquer. Num desejo desconexo de alguém me ver morrer pelo prazer do meu sangue. Imortalizo-me na hora da minha morte. Entro nas vísceras do meu assassino e por lá morro devagar. Numa imortalidade lenta de mim.
A minha morte será a minha salvação. E vem da mão de quem não me sabe odiar.
Vejo a lâmina afiada. Vejo o tempo parado e nem assim vejo tempo para mim.
Sei que não me arrependo. Sei que vou morrer da maneira certa. A mais amada de todas. E nas mãos de quem já não me sabe amar nem odiar. Deveria ter raiva? Não tenho. É assim que o meu maior inimigo me oferece a purificação da alma e vou ser eterna nas veias dele, quando ele satisfizer o seu desejo mórbido de me sugar o sangue. Terá assim a minha alma liberdade para voar…
Há pouco tempo para perder tempo. Ou nenhum. Há pouco tempo para pensar no tempo que temos. E não temos tempo para nada, porque perdemos sempre tempo em tudo.
E de um momento para o outro, em escassos segundos, uma mão e uma lâmina, uns olhos vorazes e um coração frio, de quem já não sabe mais amar.
Parei os relógios todos do mundo. Como se o mundo não fosse acabar amanha. Ninguém me disse a hora certa do holocausto, mas sei que é próxima.
Por isso parei os relógios todos do mundo. Para ter tempo de me imortalizar.
Vou espalhar-me no mundo, em lágrimas escorridas de verdade.
Eu morro.
E morro aqui, numa hora qualquer. Num desejo desconexo de alguém me ver morrer pelo prazer do meu sangue. Imortalizo-me na hora da minha morte. Entro nas vísceras do meu assassino e por lá morro devagar. Numa imortalidade lenta de mim.
A minha morte será a minha salvação. E vem da mão de quem não me sabe odiar.
Vejo a lâmina afiada. Vejo o tempo parado e nem assim vejo tempo para mim.
Sei que não me arrependo. Sei que vou morrer da maneira certa. A mais amada de todas. E nas mãos de quem já não me sabe amar nem odiar. Deveria ter raiva? Não tenho. É assim que o meu maior inimigo me oferece a purificação da alma e vou ser eterna nas veias dele, quando ele satisfizer o seu desejo mórbido de me sugar o sangue. Terá assim a minha alma liberdade para voar…
E não, não é preciso ter corpo para ter asas, nem asas para voar. É preciso ter a liberdade de todos os sonhos e de todas as mortes apontadas pela hora em que o sol se junta ao mar.
Morremos todos os dias pela mão de quem amamos, numa entrega incondicional que nos imortaliza e nos faz voar.
Que me perceba quem já morreu em noites sem horas… Quem morre todos os dias…
Morremos todos os dias pela mão de quem amamos, numa entrega incondicional que nos imortaliza e nos faz voar.
Que me perceba quem já morreu em noites sem horas… Quem morre todos os dias…
“E morrer por ser preciso, nunca por chegar ao fim”
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