Estou preocupada, não recebo uma mensagem tua há mais de uma semana, já não me ligas há mais de um mes. Continuo a ver-te em sitios que não são nossos, onde tu nem me ves. Por mais que eu salte, grite não me ligas nenhuma.
Estou a ficar preocupada. Amanha vou vestir aquela saia preta, aquela camisola vermelha. Vou sentar-me a teu lado no cafe. Passar a mão nas tuas pernas. Aposto que vais vestir as tuas calças de ganga levi's e vais levar o teu casaco azul da gant. Vou te fazer sentir o calor do meu corpo. Vou te prender o olhar no meu peito. Vou espalhar o perfume dos meus cabelos pelo teu corpo.
Aprendi este jogo contigo. No fim, levas-me a casa. Agarro-te os cabelos (meio compridos, despenteados) puxo a tua boca para perto da minha. Quando sentires a minha respiração, quando respirares o meu ar, quando sentires a doçura dos meus lábios vou beijar-te a testa.
É sempre assim.
Estou a ficar preocupada. Amanha vou vestir aquela saia preta, aquela camisola vermelha. Vou sentar-me a teu lado no cafe. Passar a mão nas tuas pernas. Aposto que vais vestir as tuas calças de ganga levi's e vais levar o teu casaco azul da gant. Vou te fazer sentir o calor do meu corpo. Vou te prender o olhar no meu peito. Vou espalhar o perfume dos meus cabelos pelo teu corpo.
Aprendi este jogo contigo. No fim, levas-me a casa. Agarro-te os cabelos (meio compridos, despenteados) puxo a tua boca para perto da minha. Quando sentires a minha respiração, quando respirares o meu ar, quando sentires a doçura dos meus lábios vou beijar-te a testa.
É sempre assim.
Quando entrar em casa vou ficar a janela a ver-te partir. Vais passar a mão pelo cabelo, puxar um cigarro, agarras no telemovel e ves que ninguem te liga. Vais desaparecer na curva, onde aposto que passado duas horas vais voltar a aparecer.
Vou correr para a banheira. Tenho duas horas, talvez menos. Vais chegar a casa e ligar-me. Ligas sempre.
Hoje já é amanha.
O meu telemovel esta a tocar a musica dos patinhos, sei que es tu. Corro. Tropeço. Atendo.
-Sim...
-Vais sair?
(Silencio)
-Esqueci-me de te entregar umas coisas sobre Estatistica. Vai-te fazer jeito.
-Hmmm, deixa na caixa de correio, não há problema.
-OK
Desligou. Meti-me no banho. Estive no banho ate sentir o teu carro parar em frente da minha casa. Desligas o carro. Sais e, encostas-te ao muro. Não te estou a ver, tenho as janelas todas fechadas, se fosses menos repetitivo e mais original talvez me supreendesses, mas cinco anos são cinco anos. O meu telemovel toca o sinal de mensagem.
"Estou a porta. Esta frio. Das-me cafe, eu partilho os cigarros"
Isto é um jogo, um jogo que a única maneira de vencer é fazer o adversario desistir.
"A caixa de correio esta atras do teu cú jeitoso"
Tenho a certeza que te estas a rir. Adoras rir-te de mim.
"Se for pelo dinheiro eu pago o café, mas aposto que arranjas mais mil e uma maneiras de me aquecer. Va la Patrícia!"
Normalmente sou eu a desistir. Normalmente já estaria a porta. Mas as coisas agora são diferentes. Temos cinco anos em cima. Estou enrolada na toalha colada a porta. Ouço-te la fora a atirar pedrinhas ao poste de electricidade. És um puto.
Corro para a cozinha. preparo-te uma caneca de cafe. Abro finalmente a porta. Estendo-te a caneca, roubo-te o cigarro. E preparo-me para fechar a porta. Mas tu es mais rapido. Entras. Fechas a porta. Encostas-me contra a parede. Tiras-me a toalha.
-Está frio, não está?
Pegas no cigarro que te roubei. Das-me a caneca de cafe
e sais...
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